BLOG ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE. AUTOR: ÁLAZE GABRIEL GIFTED.
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Doutrina que afirma a inexistência de um Deus ou de
quaisquer deidades. Termo originado do grego átheos e do latim atheu, que
significam literalmente “sem deuses”. O pensamento ateísta moderno nega a
existência de um deus ao afirmar a insuficiência de argumentos que a
corroborem, assim como, com o avanço da tecnologia e do conhecimento humano
sobre a natureza, a tendência à afirmação ateísta pode tornar-se cada vez
maior.
Muitos dos sistemas filosóficos modernos, como o marxismo e
o existencialismo, negam a existência de Deus sistematicamente e ainda são
antagônicos ao pensamento e às instituições religiosas de modo geral. No
entanto, o ateísmo não é um conceito que pode ser considerado em si mesmo uma
doutrina sempre destituída de religião. Em determinadas religiões ou sistemas
filosóficos voltados para o culto espiritual do oriente, a negação da
existência de seres superiores e criadores do universo não entram em conflito
com seus sistemas de crenças. É o caso do Budismo, cujo sistema de crenças ao
ser admitido como uma religião nega a existência de um criador para o universo.
Para Buda, não interessavam os fatores cosmogônicos como o ser primordial, um
poderoso criador do universo, mas apenas o homem e a supressão das causas de
sua infelicidade.
O conceito de ateísmo também se apresentou como relativo
durante a história: um indivíduo poderia ser considerado ateu ao depositar suas
crenças em deuses que não os mesmos respeitados por uma dada religião
oficializada por um estado governante. Foi o caso, por exemplo, dos primeiros
cristãos durante o império romano, que os considerava pessoas sem deus. O
ateísmo ainda difere do agnosticismo, outra doutrina que, ao invés de negar
sumariamente a existência de divindades, afirma que a existência ou
inexistência de divindades não pode ser comprovada.
Ateísmo, num sentido amplo, é a rejeição ou
ausência da crença na existência de divindades e outros seres sobrenaturais. O ateísmo é contrastado com o teísmo, que em sua forma mais geral é a crença de que
existe pelo menos uma divindade. Num sentido mais restrito, o ateísmo é
precisamente a posição de que não existem divindades.
O termo ateísmo, proveniente do grego clássico ἄθεος (transl.: atheos), que
significa "sem Deus", foi aplicado com uma conotação negativa àqueles
que se pensava rejeitarem os deuses adorados pela maioria da sociedade. Com a difusão do pensamento livre, do ceticismo científico e do consequente aumento do criticismo à religião, a aplicação do termo foi
reduzida em seu escopo. Os primeiros indivíduos a identificarem-se como
"ateus" surgiram no século XVIII.
Os ateus tendem a ser céticos em relação a afirmações sobrenaturais, citando a
falta de evidências empíricas. Os ateus têm oferecido vários argumentos para não
acreditar em qualquer tipo de divindade. O complexo ideológico ateísta inclui:
o problema do mal, o argumento das revelações
inconsistentes e o argumento
da descrença.
Outros argumentos do ateísmo são filosóficos, sociais e históricos. Embora
alguns ateus adotem filosofias seculares, não há nenhuma ideologia ou um conjunto de
comportamentos a que todos os ateus aderem. Na cultura ocidental, assume-se frequentemente que os ateus são irreligiosos embora outros ateus sejam espiritualistas. Ademais, o ateísmo também aparece em certos
sistemas religiosos e de crenças espirituais, como o jainismo, budismo e hinduísmo. O jainismo e algumas formas de budismo não
defendem a crença em deuses, enquanto o hinduísmo mantém o ateísmo como um
conceito válido, mas difícil de acompanhar espiritualmente.
Como as conceções sobre o ateísmo variam, é difícil
determinar quantos ateus existem no mundo atualmente. Segundo uma estimativa,
cerca de 2,3% da população mundial descreve-se como ateia, enquanto 11,9%
descreve-se como não-religiosa. De acordo com outra estimativa, as taxas de
ateísmo auto-relatado são mais altas em países ocidentais, embora também varie bastante em grau — Estados Unidos (4%), Itália (7%), Espanha (11%), Reino Unido (17%), Alemanha (20%) e França (32%).
Etimologia
A palavra do grego clássico αθεοι (transl.: atheoi), tal como
aparece na Epístola aos Efésios (2:12) no início do século III. No grego antigo, o adjetivo ἄθεος (transl.: atheos) é formado
pelo prefixo a, significando "ausência" e o radical
"teu", derivado do grego theós, significando "deus".
O significado literal do termo é, então, "sem deus".
A palavra passou a indicar de forma mais direta
pessoas que não acreditavam em deuses no século V a.C., adquirindo definições
como "cortar relações com os deuses" ou "negar os deuses".
O termo ἀσεβής (asebēs) passou então
a ser aplicado contra aqueles que impiamente negavam ou desrespeitavam os
deuses locais, ainda que crendo em outros deuses. Modernas traduções de textos
clássicos, por vezes tornam atheos em "ateu". Como substantivo
abstrato, também existia ἀθεότης (atheotes),
"ateísmo". Cícero traduziu a palavra do grego para o latim como atheos. O termo
era frequentemente usado pelas duas partes, no sentido pejorativo, no debate
entre os primeiros
cristãos
e os helênicos.
O termo "ateísmo" foi utilizado pela
primeira vez para descrever uma crença autoconfessa na Europa do final do
século XVIII, especificamente denotando descrença no deus monoteísta abraâmico.
No século XX, a globalização contribuiu para a expansão do termo para
referir-se à descrença em todos os deuses, embora ainda seja comum na sociedade ocidental descrever o ateísmo como simples "descrença
em Deus." Mais recentemente, tem havido um movimento em certos círculos
filosóficos para redefinir ateísmo como a "ausência de crença em
divindades", e não como uma crença em si mesmo; esta definição tornou-se
popular em comunidades ateístas, embora sua utilização tenha sido limitada.
Definição e
distinções
Autores discutem entre si sobre qual a melhor forma
de definir e classificar o "ateísmo", contestando quais as entidades
sobrenaturais a que o termo se aplica, se é uma afirmação por direito próprio
ou se é meramente a ausência de uma, e se requer uma rejeição consciente,
explícita. Uma variedade de categorias têm sido propostas para tentar
distinguir as diferentes formas de ateísmo.
Abrangência
Alguma da ambiguidade e controvérsia envolvida na
definição do ateísmo resulta da dificuldade em chegar a um consenso sobre a definição de palavras como "divindade" e "Deus". A pluralidade de concepções muito diferentes de deus e de divindades conduz a
ideias conflituosas sobre a aplicabilidade do ateísmo. Os antigos romanos acusavam os cristãos de serem ateus por não adorarem os seus deuses pagãos. Aos poucos, essa visão caiu em desuso, pois o teísmo passou a ser entendido como a crença em qualquer
divindade.
No que diz respeito à gama de fenômenos sendo
rejeitados, o ateísmo pode contrapor-se a qualquer coisa desde a existência de
uma divindade à existência de quaisquer conceitos espirituais, sobrenaturais ou
transcendentais, como os do budismo, hinduísmo, jainismo e taoísmo.
Implícito versus
explícito
Um Diagrama de Venn mostrando a relação entre as definições de ateísmo fraco/forte e ateísmo implícito/explícito. Ateus explícitos
fortes/positivos/duros (em roxo à direita) afirmam que "existe pelo
menos uma deidade" é uma afirmação falsa. Os ateus explícitos
fracos/negativos/suaves (em azul à direita) rejeitam ou distanciam-se da crença
de que existe qualquer deidade sem realmente afirmarem que "pelo menos
uma deidade existe" é uma afirmação falsa. Os ateus
implícitos/fracos/negativos (em azul à esquerda) incluiriam pessoas (como
crianças pequenas e alguns agnósticos) que não creem numa deidade, mas que não
rejeitaram explicitamente tal crença. (Os tamanhos no diagrama não são
representativos dos tamanhos relativos dentro de uma população.)
As definições do ateísmo também variam quanto ao
grau de consideração que uma pessoa deve dar à ideia de deus (ou deuses) para
ser considerado um ateu. O ateísmo tem sido por vezes definido para incluir a
simples ausência de crença na existência de qualquer divindade. Essa definição
ampla incluiria os recém-nascidos e outras pessoas que não tenham sido expostas a
ideias teístas.
Já em 1772, o Barão d'Holbach disse que: "Todas as
crianças nascem ateias, elas não têm ideia de Deus". Do mesmo modo, George H.
Smith
sugeriu em 1979 que: "O homem que não está familiarizado com o teísmo é
ateu porque não acredita em um deus. Esta categoria também incluiria a criança
com a capacidade conceitual de compreender as questões envolvidas, mas que
ainda não tomou conhecimento dessas questões. O fato de que esta criança não
acredita em Deus qualifica-a como ateu." Smith cunhou o termo
"ateísmo implícito" para se referir à "ausência de crença teísta
sem uma rejeição consciente dela" e "ateísmo explícito" para
referir-se à definição mais comum de descrença consciente. Ernest
Nagel
contradiz a definição de Smith sobre o ateísmo como uma mera "ausência de
teísmo", reconhecendo apenas o ateísmo explícito como "ateísmo" verdadeiro.
Positivo versus
negativo
Filósofos como Antony Flew e Michael Martin têm contrastado o ateísmo positivo (forte/duro)
com o ateísmo negativo (fraco/suave). O ateísmo positivo é a afirmação
explícita de que os deuses não existem. O ateísmo negativo inclui todas as
outras formas de não-teísmo. Segundo esta classificação, quem não é um teísta é
um ateu negativo ou positivo. Os termos "ateísmo forte" e "ateísmo fraco" são relativamente recentes, enquanto os
termos "ateísmo negativo" e "ateísmo positivo" são de
origem mais antiga, tendo sido utilizados (de maneira ligeiramente diferente)
na literatura filosófica e na apologética católica. Sob esta demarcação do ateísmo, a
maioria dos agnósticos podem ser qualificados como ateus negativos.
Enquanto Martin, por exemplo, afirma que o agnosticismo implica o "ateísmo negativo", a maioria
dos agnósticos vêem o seu ponto de vista como distinto do ateísmo, o qual podem
considerar tão pouco justificado como o teísmo ou como requerendo igual convicção. A afirmação da
intangibilidade do conhecimento a favor ou contra a existência de deuses é às
vezes vista como indicação de que o ateísmo requer fé. As respostas comuns de ateus
contra este argumento incluem que proposições religiosas não comprovadas
merecem tanta descrença quanto todas as outras proposições não comprovadas e
que a improbabilidade da existência de um deus não implica igual probabilidade
para ambas as possibilidades. O filósofo escocês J.J C. Smart argumenta ainda
que "às vezes uma pessoa que é realmente ateia pode descrever-se, mesmo
apaixonadamente, como agnóstica devido ao irrazoável ceticismo filosófico generalizado que nos impediria
de dizer que sabemos alguma coisa qualquer, exceto, talvez, as verdades da matemática e da lógica formal." Por conseguinte, alguns autores
ateus como Richard Dawkins preferem distinguir as
posições teísta, agnóstica e ateia segundo a probabilidade que cada uma delas
atribui à afirmação "Deus existe".
Definição como
impossível ou impermanente
Antes do século XVIII, a existência de Deus era tão universalmente aceita
no mundo ocidental, que mesmo a possibilidade do
ateísmo verdadeiro era questionada. Isso é chamado de inatismo teísta, a noção de que todas as pessoas acreditam em
Deus, desde o nascimento; dentro desta visão estava a conotação de que os ateus
estão simplesmente em negação.
Existe também uma posição alegando que os ateus são
rápidos a acreditar em Deus em tempos de crise, que os ateus fazem conversões
no leito de morte, ou de que "não existem ateus nas trincheiras."
Alguns defensores dessa posição afirmam que um dos benefícios da religião é que
a fé religiosa permite aos seres humanos suportarem melhor as dificuldades, funcionando
como o "ópio do povo". Contudo, tem havido exemplos do contrário,
entre os quais exemplos de literais "ateus nas trincheiras."
Outro uso do termo
"ateísmo positivo"
Como mencionado acima, os termos
"positivo" e "negativo" têm sido usados na literatura
filosófica de uma forma similar aos termos "fraco" e "forte".
No entanto, o livro Ateísmo Positivo, de Goparaju
Ramachandra Rao, publicado pela primeira vez em 1972, introduziu
um uso alternativo do termo. Tendo crescido em um sistema hierárquico com uma base religiosa, Gora
pedia uma Índia secular e sugeriu diretrizes para uma filosofia
ateísta positiva, ou seja, uma que promova os valores positivos. O ateísmo
positivo, definido desta forma, implica coisas como moralmente reto, mostrando
um entendimento de que as pessoas religiosas têm razões para acreditar, sem proselitismo ou dando lições sobre o ateísmo e defender-se com
honestidade, em vez de com o objetivo de "ganhar" qualquer confronto
com os críticos sinceros.
Conceitos
filosóficos
A fonte da infelicidade do homem é a sua ignorância
da Natureza. A pertinácia com que ele se agarra a opiniões cegas absorvidas em
sua infância, que se entrelaçam com sua existência, o preconceito consequente
que deforma sua mente, que impede sua expansão, que o torna o escravo da
ficção, parece condená-lo ao erro contínuo. d'Holbach em O Sistema
da Natureza. A mais ampla demarcação da lógica ateísta é entre o
ateísmo prático e teórico.
Ateísmo prático
No ateísmo prático ou pragmático,
também conhecido como apateísmo, os indivíduos vivem como se
não existissem deuses e explicam fenômenos naturais sem recorrer ao divino. A
existência de deuses não é rejeitada, mas pode ser designada como desnecessária
ou inútil; de acordo com este ponto de vista os deuses não dão um propósito à
vida, nem influenciam a vida cotidiana. Uma forma de ateísmo prático, com implicações para
a comunidade científica, é o naturalismo
metodológico
- a "adoção tácita ou assunção do naturalismo filosófico no método científico, aceitando-o ou nele
acreditando, totalmente ou não."
O ateísmo prático pode assumir várias formas:
· Ausência de motivação religiosa — a crença em
deuses não motiva a ação moral, a ação religiosa, ou qualquer outra forma de
ação;
· Exclusão ativa do problema dos deuses e da religião
da busca intelectual e de ações concretas;
· Indiferença — a ausência de qualquer interesse
pelos problemas dos deuses e da religião; ou
· Desconhecimento do conceito de uma divindade.
Ateísmo teórico: argumentos
ontológicos
O ateísmo teórico postula explicitamente argumentos
contra a existência de deuses, respondendo a argumentos
teístas
comuns, como o argumento teleológico ou a Aposta de Pascal. Na verdade, o ateísmo teórico é
principalmente uma ontologia, precisamente uma ontologia física.
Argumentos
epistemológicos
O ateísmo epistemológico argumenta que as pessoas não podem conhecer um
Deus ou determinar a existência de um Deus. O fundamento do ateísmo
epistemológico é o agnosticismo, o qual assume uma variedade de formas. Na
filosofia da imanência, a divindade é inseparável do
próprio mundo, incluindo a mente de uma pessoa e a consciência de cada pessoa está bloqueada no sujeito. De acordo com esta forma de
agnosticismo, esta limitação de perspectiva impede qualquer inferência
objetiva, desde a crença em um deus às afirmações de sua existência. O
agnosticismo racionalista de Kant e do Iluminismo só aceita o conhecimento deduzido com a
racionalidade humana. Esta forma de ateísmo afirma que os deuses não são
perceptíveis como uma questão de princípio e, portanto, sua existência não pode
ser conhecida. O ceticismo, baseado nas ideias de Hume, afirma que a certeza sobre qualquer coisa é
impossível, por isso nunca se pode saber da existência de um Deus. A inclusão
do agnosticismo no ateísmo é disputada; também pode ser considerado como uma
visão básica do mundo independente.
Outros argumentos para o ateísmo, que podem ser
classificados como epistemológicos ou ontológicos, incluem o positivismo lógico e o ignosticismo, que afirmam a falta de sentido ou
ininteligibilidade de termos e frases básicos tais como "Deus" e
"Deus é todo-poderoso." O não
cognitivismo teológico afirma que a declaração "Deus existe"
não expressa uma proposição, sendo antes absurda ou cognitivamente sem sentido.
Tem sido argumentado em ambos os sentidos sobre se tais indivíduos podem ser
classificados em alguma forma de ateísmo ou agnosticismo. Os filósofos A. J. Ayer e Theodore
M. Drange
rejeitam ambas as categorias, afirmando que ambos os campos aceitam a frase
"Deus existe" como uma proposição; eles, ao invés, classificam o não cognitivismo na
sua própria categoria.
Argumentos
metafísicos
Um autor escreve: “O ateísmo metafísico...inclui todas as doutrinas ligadas ao monismo
metafísico (a homogeneidade da realidade). O ateísmo metafísico pode ser: a)
absoluto - uma negação explícita da existência de Deus associada com o monismo
materialista (todas as tendências materialistas, tanto nos tempos antigos
quanto nos modernos); b) relativo - a negação implícita de Deus em todas as
filosofias que, apesar de aceitarem a existência de um absoluto, concebem o
absoluto como não possuindo qualquer um dos atributos próprios de Deus:
transcendência, um caráter ou unidade pessoal. O ateísmo relativo está
associada com o monismo idealista (panteísmo, panenteísmo, deísmo).”
Argumentos lógicos
Epicuro é creditado como sendo o primeiro a expor o problema do mal. David Hume, em seus Diálogos
sobre a Religião Natural (1779), citou Epicuro ao afirmar o argumento como
uma série de perguntas: "[Deus] quer impedir o mal, mas não é capaz?
Então ele é impotente. Ele é capaz, mas não está disposto? Então, ele é
malévolo. Ele é capaz e disposto? Donde vem então o mal?"
O ateísmo lógico sustenta que às diversas concepções de deuses, como o deus pessoal do cristianismo, são atribuídas qualidades logicamente
inconsistentes. Os ateus apresentam argumentos dedutivos contra a existência de
Deus que afirmam a incompatibilidade entre certas características, como a
perfeição, estatuto de criador, imutabilidade, onisciência, onipresença, onipotência, onibenevolência, transcendência, a pessoalidade (um ser
pessoal), não-fisicalidade, justiça e misericórdia.
Ateus teodiceanos acreditam que o mundo como o experimentam não pode
ser conciliado com as qualidades normalmente atribuídas a Deus e aos deuses
pelos teólogos. Eles argumentam que um Deus
onisciente, onipotente e onibenevolente não é compatível com um mundo onde
existe o mal e o sofrimento, e onde o amor divino está escondido de muitas
pessoas. Um argumento semelhante é atribuído a Siddhartha Gautama, o fundador do budismo.
Redução da
importância da religião
Filósofos como Ludwig Feuerbach e Sigmund Freud argumentaram que Deus e outras crenças religiosas
são invenções humanas, criadas para atender a várias necessidades psicológicas
e emocionais. Esta é também uma visão de muitos budistas. Karl Marx e Friedrich Engels, influenciados pela obra de Feuerbach, argumentaram que a crença em
Deus e na religião são funções sociais, utilizadas por aqueles no poder para
oprimir a classe trabalhadora. De acordo com Mikhail Bakunin, "a ideia de Deus implica a abdicação da razão e da justiça humanas; é a negação mais decisiva da
liberdade humana, e, necessariamente, termina na escravização da humanidade, na
teoria e na prática." Ele inverteu o famoso aforismo de Voltaire de que se Deus não existisse, seria preciso
inventá-lo, escrevendo que "se Deus realmente existisse, seria necessário
aboli-lo."
Alternativos
O ateísmo axiológico, ou construtivo, rejeita a existência de deuses em
favor de um "absoluto maior", como a humanidade. Esta forma de ateísmo favorece a humanidade como
fonte absoluta da ética e valores, e permite que os indivíduos resolvam
problemas morais, sem recorrerem a Deus. Marx e Freud utilizaram este argumento
para transmitir mensagens de libertação, de desenvolvimento integral e de
felicidade sem restrições.
Uma das críticas mais comuns ao ateísmo tem sido a
tese contrária: que negar a existência de um deus conduz ao relativismo moral, deixando o indivíduo sem fundamento moral ou
ético, ou torna a vida sem sentido e miserável. Blaise Pascal argumentou esta visão nos seus Pensées.
Existencialismo
ateísta
O filósofo francês Jean-Paul Sartre identificou-se como um representante de um "existencialismo
ateísta",
menos preocupado com negar a existência de Deus do que estabelecer que o
"homem precisa... encontrar-se novamente e entender que nada pode salvá-lo
de si mesmo, nem mesmo uma prova válida da existência de Deus.""
Sartre disse que um corolário de seu ateísmo era que "se Deus não existe,
há pelo menos um ser no qual a existência precede a essência, um ser que existe
antes que ele possa ser definido por qualquer conceito, e ... este ser é o
homem." A consequência prática desse ateísmo foi descrita por Sartre no
sentido de que não há regras a priori ou valores absolutos que podem ser invocados para
governar a conduta humana e que os humanos estão "condenados" a
inventar estes por si mesmos, tornando o "homem" absolutamente
"responsável por tudo que ele faz."
O acadêmico Rhiannon Goldthorpe sugeriu que alguns
dos escritos de Sartre estavam "permeados por um 'ateísmo cristão', no
qual crenças antigas ainda alimentam a imaginação e a sensibilidade do cético
mais radical." O acadêmico Priest Stephen descreve a perspectiva de Sartre
como "uma metafísica ateísta." O tradutor de Sartre, Hazel Barnes,
escreveu sobre aquele: "O Deus que ele rejeita não é um poder vago, um X
desconhecido que explicaria a origem do universo, nem tão pouco é um ideal ou
um mito para simbolizar a busca do homem pelo Bem. É especificamente o Deus dos
Escolásticos ou, pelo menos, qualquer
ideia de Deus como um Criador específico, todo-poderoso, absoluto e
existente."
História
Apesar do termo ateísmo ter origem na França do século XVI, ideias que seriam hoje reconhecidas como
ateístas estão documentadas desde a antiguidade clássica e o período védico.
Antiga religião
hindu
Escolas ateístas são encontradas no hinduísmo antigo, e existem desde o tempo da religião védica. Entre as seis escolas ortodoxas da filosofia hindu; Sankhya, o mais antigo sistema filosófico não aceita Deus
e a antiga Mimamsa também rejeitava a noção de
Deus, e sustentava que a própria ação humana era
suficiente para criar as circunstâncias necessárias à apreciação dos seus
frutos.
A completamente materialista e antiteísta escola
filosófica Carvaka que se originou na Índia em torno do século VI a.C. é provavelmente a
escola de filosofia mais explicitamente ateísta da Índia, similar à escola cirenaica grega. Este ramo da filosofia indiana é
classificado como heterodoxo devido à sua rejeição da autoridade dos Vedas e não é considerado parte das
seis escolas ortodoxas do hinduísmo, mas é notável como evidência de um
movimento materialista dentro do hinduísmo.
Apesar do
materialismo de uma forma ou de outra ter estado sempre presente na Índia, e
referências ocasionais sejam encontradas nos Vedas, na literatura budista, nos
épicos, bem como nas obras filosóficas posteriores, não encontramos nenhum
trabalho sistemático sobre o materialismo, nem qualquer escola organizada de
seguidores como as outras escolas filosóficas possuem. Mas quase todos os
trabalhos das outras escolas mencionam, para refutação, os pontos de vista
materialistas. Nosso conhecimento do materialismo indiano baseia-se sobretudo
nesses trabalhos.
Outras
filosofias indianas geralmente consideradas como ateístas incluem sankhya clássica e mimāṃsā. A rejeição de um Deus criador pessoal também é
observada no jainismo e no budismo na Índia.
Antiguidade
clássica
O ateísmo ocidental tem suas raízes na filosofia grega pré-socrática, mas não emerge como uma
visão do mundo distinta até o final do Iluminismo. O filósofo grego do século V a.C. Diágoras é conhecido como o
"primeiro ateu" e é citado como tal por Cícero no seu De Natura Deorum. Crítias via a religião como uma invenção humana usada para
assustar as pessoas e fazê-las seguir a ordem moral. Atomistas como Demócrito tentaram explicar o mundo de uma forma puramente materialista, sem referência ao espiritual ou místico. Entre
outros filósofos pré-socráticos, que provavelmente tinham pontos de vista
ateístas, incluem-se Pródico e Protágoras. No século III a.C. os
filósofos gregos Teodoro, o Ateu e Estratão de Lampsaco também não acreditavam que
deuses existiam.
Sócrates (c. 471-399 a.C.) foi acusado de impiedade (ver Dilema de Eutífron) baseado no fato de ele ter
inspirado o questionamento dos deuses do Estado. Embora ele tenha contestado
a acusação de que era um "ateu completo", dizendo que não podia ser
um ateu, visto que acreditava em espíritos, acabaria por ser condenado à morte.
Sócrates também reza a vários deuses no Fedro de Platão e diz "Por
Zeus" no diálogo A República.
Evêmero (c. 330-260 aC) publicou sua visão de que os
deuses eram apenas os governantes, conquistadores e fundadores do passado
deificados, e que os seus cultos e religiões eram, em essência, a continuação
dos reinos que desapareceram e das estruturas políticas anteriores. Embora não
fosse estritamente um ateu, Evêmero mais tarde foi criticado por ter
"espalhado o ateísmo por toda a terra habitada ao obliterar os
deuses."
O atomista e materialista Epicuro (c. 341-270 aC) disputou muitas doutrinas
religiosas, incluindo a existência de vida após a morte ou uma divindade pessoal; ele
considerava a alma puramente material e mortal. Embora o epicurismo não tenha descartado a existência de deuses, ele
acreditava que, se existissem, eles estavam despreocupados com a humanidade.
O poeta romano Lucrécio (c. 99-55 aC), concordou que, se houvesse deuses,
estavam despreocupados com a humanidade e eram incapazes de afetar o mundo
natural. Por esta razão, ele acreditava que a humanidade não devia ter medo do
sobrenatural. Ele expõe seus pontos de vista epicuristas sobre o cosmos, átomos, alma, mortalidade e religião em De rerum natura (em português: "Sobre a natureza
das coisas"), que popularizou a filosofia de Epicuro em Roma.
O filósofo romano Sexto Empírico defendia que se deve suspender o julgamento sobre
praticamente todas as crenças - uma forma de ceticismo conhecida como pirronismo - que nada era inerentemente mau e que a ataraxia ("paz de espírito") é atingível se nos
refrearmos de julgar. O volume relativamente grande de obras suas que
sobreviveram, teve uma influência duradoura sobre filósofos posteriores.
O significado do termo "ateu" mudou ao
longo da antiguidade clássica. Os primeiros cristãos eram rotulados como ateus pelos não-cristãos por
causa da sua descrença nos deuses pagãos. Durante o Império Romano, os cristãos foram executados por sua rejeição aos
deuses romanos em geral e ao culto imperial em particular. Quando o cristianismo se tornou a
religião estatal de Roma sob o governo de Teodósio I em 381, a heresia tornou-se um
delito punível.
Início da Idade
Média ao Renascimento
A adoção de pontos de vista ateístas era rara na Europa durante a Alta Idade Média e Idade Média (ver Inquisição medieval); metafísica, religião e teologia eram os interesses dominantes. Houve, no entanto,
movimentos deste período que promoveram concepções heterodoxas do Deus cristão, incluindo pontos de vista diferentes sobre a natureza, a transcendência e a cognoscibilidade de Deus.
Indivíduos e grupos, tais como João Escoto Erígena, David de
Dinant,
Amalarico de Bena e os Irmãos do
Livre Espírito mantinham pontos de vista cristãos, mas com
tendências panteístas. Nicolau de Cusa sustentava uma forma de fideísmo que chamou de docta
ignorantia ("ignorância aprendida"), afirmando que
Deus está além da categorização humana e que o nosso conhecimento de Deus é
limitado à conjectura. Guilherme de Ockham inspirou tendências
anti-metafísicas com a sua limitação nominalista do conhecimento humano para
objetos singulares e afirmou que a essência divina não poderia ser
intuitivamente ou racionalmente apreendida pelo intelecto humano. Seguidores de
Ockham, tais como João de
Mirecourt
e Nicolau de
Autrecourt
expandiram esta visão. A divisão resultante entre a fé e a razão influenciou teólogos posteriores, como John Wycliffe, Jan Hus e Martinho Lutero.
A Renascença foi muito importante na expansão do escopo da
investigação cética e do livre-pensamento. Indivíduos como Leonardo da Vinci procuraram a experimentação como meio de
explicação, e opuseram-se aos argumentos
de autoridade religiosa. Outros críticos da religião e da Igreja durante
este tempo incluíram Nicolau Maquiavel, Bonaventure
des Périers
e François Rabelais.
Início do período
moderno
A Essência
do Cristianismo (1841), de Ludwig Feuerbach, seria de grande influência para filósofos como Engels, Marx, David
Strauss,
Nietzsche e Max Stirner. Ele considerava que Deus é uma invenção humana e
que as atividades religiosas são usadas para a realização de desejos. Por isso,
ele é considerado o pai fundador da moderna antropologia
da religião.
As eras do Renascimento e da Reforma testemunharam um
ressurgimento do fervor religioso, como evidenciado pela proliferação de novas
ordens religiosas, confrarias e devoções populares no mundo católico e o aparecimento de seitas protestantes cada vez mais austeras, como os calvinistas. Esta era de rivalidade interconfessional permitiu
uma abrangência ainda maior de especulação teológica e filosófica, muita da
qual viria a ser usada para promover uma visão de mundo religiosamente cética.
A crítica do
cristianismo
tornou-se cada vez mais frequente nos séculos XVII e XVIII, especialmente
na França e na Inglaterra, onde parece ter existido um mal-estar religioso,
de acordo com fontes contemporâneas. Alguns pensadores protestantes, como Thomas Hobbes, defendiam uma filosofia materialista e um
ceticismo em relação às ocorrências sobrenaturais, enquanto que o filósofo judeu holandês Baruch Spinoza rejeitava a providência divina em favor de um naturalismo panenteísta. No final do século XVII, o deísmo passou a ser abertamente defendido por
intelectuais como John
Toland,
que cunhou o termo "panteísta". Apesar de ridicularizarem o cristianismo, muitos deístas desprezavam o ateísmo. O primeiro
ateu que se sabe ter jogado fora o manto do deísmo, negando de modo contundente
a existência de deuses, foi Jean Meslier, um padre francês que viveu no início do século
XVIII. Ele foi seguido por outros pensadores abertamente ateus, como o Barão d'Holbach e Jacques-André
Naigeon.
O filósofo David Hume desenvolveu uma epistemologia cética fundamentada no empirismo, enfraquecendo a base metafísica da teologia
natural.
A Revolução Francesa tirou o ateísmo e o deísmo anticlerical dos salões e colocou-os na esfera pública. Um dos
principais objetivos da Revolução Francesa foi uma reestruturação e
subordinação do clero em relação ao Estado através da Constituição
Civil do Clero. As tentativas para aplicá-la levaram à violência
anticlerical e à expulsão de muitos clérigos da França. Os eventos políticos caóticos da Paris revolucionária, acabaram por
permitir aos jacobinos mais radicais tomar o poder
em 1793, inaugurando o Reino do
Terror.
Os jacobinos eram deístas e introduziram o Culto do
Ser Supremo
como uma religião estatal da França. Alguns ateus
próximos de Jacques Hébert procuraram estabelecer um culto da razão, uma
forma de pseudo-religião ateia com uma deusa personificando a razão. Ambos os movimentos, em parte, contribuíram para
as tentativas forçadas de descristianizar a França. O Culto da Razão terminou depois de três anos, quando a sua
liderança, incluindo Jacques Hébert, foi guilhotinada pelos jacobinos. As perseguições anticlericais terminaram
com a Reação Termidoriana.
A era napoleônica institucionalizou a secularização da sociedade francesa e
exportou a revolução para o norte da Itália, na esperança de criar repúblicas flexíveis. No
século XIX, os ateus contribuíram para várias revoluções políticas e sociais,
facilitando os levantes de 1848, o Risorgimento na Itália e o crescimento de
um movimento socialista internacional.
Na segunda metade do século XIX, o ateísmo ganhou
proeminência sob a influência de filósofos racionalistas e livre-pensadores. Muitos proeminentes filósofos alemães da época
negaram a existência de divindades e eram críticos da religião, incluindo Ludwig Feuerbach, Arthur Schopenhauer, Max Stirner, Karl Marx e Friedrich Nietzsche.
Século XX
O ateísmo no século XX, particularmente na forma de
ateísmo prático, avançou em muitas sociedades. O pensamento ateu encontrou
reconhecimento em uma ampla variedade de outras filosofias mais amplas, como o existencialismo, o objetivismo, o humanismo secular, o niilismo, o positivismo lógico, o anarquismo, o marxismo, o feminismo e o movimento científico e racionalista geral.
O positivismo lógico e o cientificismo pavimentaram o caminho para o neopositivismo, a filosofia analítica, o estruturalismo e o naturalismo. O neopositivismo e a filosofia analítica
descartaram o racionalismo clássico e a metafísica em favor do empirismo
estrito e do nominalismo epistemológico. Proponentes
como Bertrand Russell, rejeitaram enfaticamente a
crença em Deus. Em seus primeiros trabalhos, Ludwig Wittgenstein tentou separar a linguagem
metafísica e sobrenatural do discurso racional. A. J. Ayer afirmou a inverificabilidade e a falta de sentido
das afirmações religiosas, citando a sua adesão às ciências empíricas.
Relacionado com esta ideia, o estruturalismo aplicado de Lévi-Strauss ligou a origem da linguagem religiosa ao
subconsciente humano ao negar o seu significado transcendental. J. N.
Findlay
e J. J. C.
Smart
argumentaram que a existência de Deus não é logicamente necessária.
Naturalistas e monistas materialistas, tais como John Dewey, consideravam o mundo natural como a base de tudo,
negando a existência de Deus ou a imortalidade.
O século XX também assistiu ao avanço político do
ateísmo, estimulado pela interpretação das obras de Marx e Engels. Após a Revolução
Russa de 1917, houve mais liberdade religiosa para as minorias religiosas,
o que durou alguns anos. Embora a Constituição Soviética de 1936 garantisse a
liberdade para realizar cultos, o Estado
soviético,
sob a política de Estado ateu de Stalin, não considerava a religião um assunto privado; o governo soviético ilegalizou
o ensino religioso e promoveu campanhas para convencer as pessoas a abandonar a
religião. Diversos outros estados
comunistas
também se opuseram à religião e promoveram o ateísmo estatal, incluindo os antigos governos socialistas da Albânia, e, atualmente, da China, Coreia do Norte e Cuba.
Outros líderes como E. V.
Ramasami Naicker (Periyar), um proeminente líder ateu da Índia, lutaram contra o hinduísmo e os brâmanes por eles discriminarem e dividirem as pessoas em
nome de castas e religião. Tal foi
sublinhado em 1956, quando ele erigiu uma estátua representando um deus hindu
em uma representação humilde e fez declarações antiteístas.
Em 1966, a revista Time perguntava: "Deus está
morto?", em resposta ao movimento teológico Morte de Deus, citando a estimativa de que
quase metade de todas as pessoas no mundo viviam sob um poder anti-religioso e
milhões mais na África, Ásia e América do Sul pareciam não ter conhecimento sobre o Deus único.
Em 1967, o governo albanês de Enver Hoxha anunciou o fechamento de todas as instituições
religiosas no país, declarando a Albânia o primeiro estado oficialmente ateu, embora a prática religiosa
na Albânia tenha sido restaurada em 1991. Estes regimes acentuaram as
associações negativas do ateísmo, especialmente onde o sentimento anticomunista era forte, como nos Estados Unidos, apesar do fato de que ateus proeminentes serem
anticomunistas.
Século XXI
Desde a queda do Muro de Berlim, o número de regimes ativamente anti-religiosos
tem diminuído consideravelmente. Em 2006, Timothy Shah do Fórum Pew constatou "uma tendência
mundial em todos os grandes grupos religiosos, na qual movimentos baseados em
Deus e na fé, em geral, estão experimentando confiança e influência crescentes
face aos movimentos e ideologias seculares". No entanto, Gregory S. Paul e
Phil Zuckerman consideram isso um mito e sugerem que a situação real é muito
mais complexa e matizada.
A motivação religiosa dos ataques
terroristas de 11 de setembro de 2001 e as tentativas parcialmente bem-sucedidas do Discovery
Institute para mudar o currículo de ciências das escolas
estadunidenses para incluir ideias criacionistas, juntamente com o apoio dessas ideias pelo ex-presidente George W. Bush em 2005, desencadearam uma onda de publicações de
conhecidos autores ateus como Sam Harris, Daniel C. Dennett, Richard Dawkins, Victor J.
Stenger
e Christopher Hitchens, cujas obras foram best-sellers nos Estados Unidos e em todo o mundo.
Um levantamento de 2010 descobriu que aqueles que
se identificam como ateus ou agnósticos estão, em média, mais bem informados
sobre religião do que os seguidores das
religiões principais. Descrentes tiveram melhores pontuações respondendo a
questões sobre os princípios centrais das fés protestante e católica. Apenas fiéis mórmons e judeus tiveram tão boas pontuações sobre religião quanto
os ateus e agnósticos.
O Ateísmo 3.0 é um movimento dentro do ateísmo que não acredita
na existência de Deus, mas que diz que a religião tem sido benéfica para os indivíduos e para a
sociedade, e que eliminá-la é menos importante do que outras coisas que
precisam ser feitas.
Demografia
Porcentagem de pessoas em vários países europeus
que disseram: "Eu não acredito que haja algum tipo de espírito, Deus ou
força vital." (2005)
É difícil quantificar o número de ateus no mundo.
Institutos de pesquisas de crença religiosa podem definir o "ateísmo"
de várias maneiras diferentes ou fazer diferentes distinções entre ateísmo,
convicções não-religiosas e crenças religiosas e espirituais não-teístas. Por
exemplo, um ateu hindu iria declarar-se como hindu, apesar de também ser,
ao mesmo tempo, ateu. Um estudo de 2005, publicado na Encyclopædia
Britannica, revelou que os não-religiosos representam cerca de 11,9% da população mundial e
os ateus cerca de 2,3%. Este número não inclui aqueles que seguem religiões
ateias, como alguns budistas.
Uma enquete realizada entre novembro e dezembro de
2006, publicada no Financial Times, mostrou as taxas de
população ateia nos Estados Unidos e em cinco países europeus. As menores taxas de ateísmo
estão nos Estados Unidos com apenas 4%; as taxas de ateísmo nos países europeus
pesquisados foram consideravelmente mais altas: Itália (7%), Espanha (11%), Reino Unido (17%), Alemanha (20%) e França (32%). Os números europeus são semelhantes aos de
uma pesquisa oficial da União Europeia (UE), que relatou que 18% da população da UE não
acredita em um deus.
Outros estudos têm mostrado uma porcentagem
estimada de ateus, agnósticos e outros não-crentes em um deus pessoal de apenas
um dígito em países como Polônia, Romênia, Chipre e outros países europeus, e
de até 85% na Suécia, 80% na Dinamarca, 72% na Noruega e 60% na Finlândia. Segundo o Australian
Bureau of Statistics, 19% dos australianos declararam-se como "sem religião", uma categoria que inclui os ateus. Entre
64% e 65% dos japoneses são ateus, agnósticos, ou não acreditam em um
deus. Na América Latina os índices de ateísmo variam de 1 a 3%, exceto em Cuba (7%), México (7%), Argentina (8%) e Uruguai (12%). No Uruguai, entre 30 e 50% da população
assume não ter religião.
Um estudo internacional relatou correlações
positivas entre os níveis de educação e os índices de descrença em uma
divindade, enquanto uma pesquisa da União Europeia encontrou uma correlação positiva entre o abandono
escolar precoce e a crença em um deus. Uma carta publicada na revista Nature em 1998, relatou uma pesquisa
sugerindo que a crença em um deus pessoal ou na vida após a morte alcançou o nível mais baixo
de todos os tempos entre os membros da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, sendo que apenas 7,0% dos
membros disseram acreditar em um deus pessoal, em forte contraste com os mais
de 85% da população geral dos Estados Unidos que acredita em um deus. Em contrapartida, um
artigo publicado pela Universidade
de Chicago
que discutiu o referido estudo, afirmou que 76% dos médicos estadunidenses
acreditam em Deus, mais do que os 7% dos cientistas acima, mas ainda
inferior aos 85% da população em geral.
No mesmo ano, Frank
Sulloway,
do Instituto
de Tecnologia de Massachusetts, e Michael Shermer, da Universidade
do Estado da Califórnia, conduziram um estudo que encontrou em sua amostra
de pesquisa de "credenciados" adultos dos Estados Unidos (12%
doutorados e 62% eram graduados universitários) 64% que acreditavam em Deus e
houve uma correlação indicando que a convicção religiosa diminuiu com o
aumento do nível de escolaridade.
Uma correlação inversa entre religiosidade e
inteligência foi encontrada por 39 estudos realizados entre 1927 e 2002, de acordo com um
artigo na Mensa
International Magazine.[135] Estes resultados concordam em geral com uma metanálise realizada em 1958 pelo professor Michael
Argyle,
da Universidade
de Oxford.
Ele analisou sete estudos que investigaram a correlação entre a atitude em
relação à religião e o nível de
inteligência
entre os estudantes do ensino médio e universitários dos Estados Unidos. Apesar
de uma clara correlação negativa ter sido encontrada, a análise não identificou
existência de causalidade, mas observou que fatores
como histórico familiar autoritário e classe social também poderiam desempenhar algum papel.
Brasil
De acordo com dados do Censo
brasileiro de 2010 do IBGE, 8,0% da população brasileira declarou-se
"sem religião" (15,3 milhões), dentre
as quais cerca de 615 mil declararam-se ateias. No Censo de
2000,
estes correspondiam a 7,4% (cerca de 12,5 milhões) da população. Em 1991 essa
porcentagem era de 4,7%.
Uma pesquisa realizada pela empresa Ipsos a pedido da agência de notícias
Reuters revelou que 3% dos brasileiros entrevistados não
acreditam em deuses ou seres supremos.
No Brasil, o estado da Bahia é o terceiro com maior número
de pessoas sem religião; o primeiro é o Rio de Janeiro. A capital bahiana, Salvador, tem a maior porcentagem
nacional de pessoas sem religião entre as capitais, 18% da população. No país
todo, são mais numerosos entre os homens e entre os habitantes com menos de 55
anos. A cidade com o maior número de ateus é Nova Ibiá, com 59,85% dos habitantes, de acordo com o censo
de 2000 do IBGE. O segundo lugar fica com Pitimbu, na Paraíba, com 42, 44%.
Ateísmo, religião
e moralidade
O sociólogo Phil Zuckerman analisou pesquisas
anteriores em ciências sociais sobre laicidade e não-crença e concluiu que o bem-estar social
está positivamente correlacionado com a irreligião. As suas descobertas relacionadas especificamente
com o ateísmo incluem:
· Em comparação com pessoas religiosas, "ateus e
pessoas laicas" são menos nacionalistas, preconceituosas, antissemitas, racistas, dogmáticas, etnocêntricas, mentalmente fechadas e autoritárias.
· Nos Estados Unidos, nos estados com os maiores percentuais de
ateus na população, a taxa de homicídios é menor do que a média. Na maioria dos estados
religiosos dos Estados Unidos, a taxa de homicídios é superior à média.
Ateísmo e religião
Devido à inexistência de um deus criador, o budismo é comumente descrito como religião não-teísta.
Assume-se frequentemente que pessoas que se
auto-identificam como ateus são irreligiosas, mas algumas seitas dentro das principais
religiões, rejeitam a existência de uma divindade criadora e pessoal. Nos últimos anos,
certas denominações religiosas têm acumulado uma série de seguidores
abertamente ateus, tais como o judaísmo humanístico e ateísta e ateus cristãos.
O sentido mais estrito do ateísmo positivo não implica quaisquer crenças específicas fora da
descrença em qualquer divindade, como tal, os ateus podem ter qualquer número
de crenças espirituais. Pela mesma razão, os ateus podem ter uma grande
variedade de crenças éticas, que vão desde o universalismo moral do humanismo, que defende que um código moral deve ser aplicado consistentemente a todos os seres humanos, ao niilismo moral, que sustenta que a moralidade não tem sentido.
Mandamento divino
vs. ética
Embora seja um truísmo filosófico, encapsulado no Dilema de Eutífron de Platão, que o papel dos deuses na diferenciação entre
certo e errado ou é desnecessário ou arbitrário, o argumento de que a moralidade tem que ser derivada de Deus e que não pode
existir sem um criador sábio tem sido uma característica persistente de debate
político, ainda que não tanto do filosófico. Preceitos morais, como "o
assassinato é errado" são vistos como leis divinas, requerendo um
legislador ou juiz divino. No entanto, muitos ateus argumentam que o tratamento
legalista da moralidade envolve uma falsa
analogia
e que a moralidade não depende de um legislador da mesma forma que as leis.
Outros ateus, como Friedrich Nietzsche, discordaram desta opinião e
declararam que a moralidade "tem verdade apenas se Deus é a verdade,
portanto fica em pé ou cai de acordo com a fé em Deus."
Existem sistemas normativos éticos que não necessitam que os
princípios e regras sejam fornecidos por uma divindade. Alguns incluem ética da
virtude,
contrato social, ética kantiana, utilitarismo e o objetivismo. Sam Harris propôs que a prescrição moral (criar regras
éticas) não é apenas uma questão a ser explorada pela filosofia, mas que podemos praticar significativamente uma ciência da
moralidade.
Um tal sistema científico deve, no entanto, responder ao criticismo
consubstanciado na falácia
naturalista.
Os filósofos Susan Neiman e Julian
Baggini
(entre outros) afirmam que o comportamento ético apenas devido ao mandato
divino não é o comportamento ético verdadeiro, mas apenas a obediência cega.
Baggini argumenta que o ateísmo é uma base superior para a ética, afirmando que
uma base moral externa aos imperativos religiosos é necessária para avaliar a
moralidade dos próprios imperativos - para ser capaz de discernir, por exemplo,
que "furtarás" é imoral, mesmo que a sua religião o instrua a fazer
isso - e que os ateus, portanto, têm a vantagem de estarem mais inclinados a
fazer tais avaliações. O político e filósofo contemporâneo britânico Martin Cohen ofereceu o exemplo historicamente
mais revelador de injunções bíblicas em favor da tortura e escravidão como evidência de que as injunções religiosas
seguem os costumes políticos e sociais, e não vice-versa, mas também observou
que a mesma tendência parece ser verdadeira para filósofos supostamente
imparciais e objetivos.
Cohen explana esse argumento com mais detalhes na Filosofia
Política de Platão a Mao, no caso do Alcorão que ele vê como tendo tido um papel geralmente
infeliz na preservação dos códigos sociais do início do século VII por meio de
mudanças na sociedade secular.
Perigos das
religiões
Alguns ateus proeminentes, tais como Bertrand Russell, Christopher Hitchens, Sam Harris e Richard Dawkins, têm criticado as religiões, citando aspectos
nocivos das práticas e doutrinas religiosas. Os ateus têm-se envolvido muitas
vezes em debates com defensores da religião, e os debates por vezes tratam a
questão de saber se as religiões oferecem um benefício líquido para os
indivíduos e para a sociedade.
Um argumento de que as religiões podem ser
prejudiciais, feito por ateus como Sam Harris, é que a dependência das
religiões ocidentais da autoridade de Deus presta-se ao autoritarismo e ao dogmatismo. Os ateus também citaram dados mostrando que há
uma correlação entre fundamentalismo
religioso
e religião
extrínseca
(quando a religião é praticada porque serve a interesses ocultos) e
autoritarismo, dogmatismo e preconceito. Estes argumentos, combinados com eventos
históricos que são argumentos para demonstrar os perigos da religião, como as Cruzadas, Inquisição, caça às bruxas e os ataques
terroristas,
têm sido usados em resposta às reivindicações dos efeitos benéficos da crença
na religião. Os crentes contra-argumentam que alguns regimes que defendem o
ateísmo, como foi a Rússia soviética, também foram culpados de
assassinatos em massa, apesar destes atos não conterem relação alguma com a
ausência de religião do regime.
Discriminação e
preconceito
O ateísmo sempre foi uma doutrina perseguida, clandestina e discriminada. Durante a cristianização do Império Romano, o ateísmo foi considerado crime terrível e
praticamente deixou de existir na história das ideias europeias. Até o século
XIX, devido ao poder político-eclesiástico, o indivíduo que assumisse oposição
aos ensinamentos da Igreja seria recriminado pela sociedade e pelo governo com
acusações de desonestidade, rebeldia, incredulidade e libertinagem.
Uma pesquisa feita pelo Instituto Gallup em 1999
comprova que 95% dos estadunidenses votaria em uma mulher para presidente, 92% votaria
em um judeu ou negro, 79% em um homossexual mas apenas 49% votaria em um ateu. A revista Newsweek estima uma porcentagem ainda menor: 37% Uma
pesquisa de 2007 encomendada pela CNT/Sensus revela que 84% dos brasileiros votariam em um negro para Presidente
da República,
57% em uma mulher, 32% em um homossexual mas apenas 13% votaria em um ateu. Uma
pesquisa de agosto de 2010 realizada pelo Núcleo de Opinião Pública em uma
iniciativa da Fundação Perseu Abramo (FPA) e SESC revelou que 66% das mulheres
brasileiras jamais votariam em um ateu e 11% dificilmente votaria, enquanto 61%
dos homens brasileiros nunca votaria e 13% dificilmente votaria. Uma pesquisa
realizada no dia 13 de dezembro de 2012 pelo Datafolha indica que 86% dos
brasileiros acreditam que a crença em Deus torna as pessoas melhores, enquanto
que apenas 13% acreditam que implicação não é obrigatória.
Visibilidade
Conforme a Associação Americana de Livreiros, em 2005 as obras da categoria
"céticos e ateus" registraram o maior crescimento da história até
então e o segundo maior entre os demais gêneros. A revista mensal com a quinta
maior tiragem dos Estados Unidos, entre as especializadas, é uma publicada pela
Sociedade
dos Céticos.
Na Fox News, o programa Bullshit! dissemina o ateísmo e a dupla
de mágicos Penn Jillette e Raymond
Joseph Teller desmascara truques místicos.
Pirro de Élis (365 - 275 a.C.)
Filósofo grego, considerado o iniciador da escola cética.
Teve como mestre Brisão, que por sua vez era filho e discípulo de Estílpon de
Megara, um dos principais representantes da doutrina megárica. Segundo vários
testemunhos, teria ainda travado contato com uma grande diversidade de
correntes: pensadores heracliteanos, partidários da filosofia de Demócrito,
sofistas e cirenaicos. Todas estas influências teriam contribuído para a
formação de sua própria doutrina. Fundou uma escola em Élis, que teve como
principais discípulos Nausífanes, futuro mestre de Epicuro, e Tímon de Flionte.
Transformado por seus discípulos em figura lendária, diz-se que teria sido
nomeado sumo sacerdote por seus concidadãos. Pirro não deixou escritos e figura
como ponto de partida para uma longa geração de filósofos, que dá origem a um
movimento denominado pirronismo, considerado uma vertente do pensamento
cético. Os seguidores de suas teorias possuem o costume de atribuir a Pirro
seus próprios pensamentos, o que dificulta a apreensão do que se constituiria,
realmente, produto das investigações deste filósofo.
De
acordo com comentários de discípulos posteriores, seria de Pirro a afirmação de
que aquele que desejasse possuir a felicidade deveria considerar três pontos
capitais: qual é a natureza das coisas, a disposição de nossa alma com relação
a elas e que resultados estas disposições terão em nossa vida. Segundo este
pensador, a natureza das coisas é instável e, desse modo, indiscernível. Assim
sendo, nossas sensações ou opiniões não podem constituir certezas acerca da
realidade. O conhecimento não pode ser criticado,pois, se ele não apreende o
real, não é por sua imperfeição, mas sim pela realidade ser, em si mesma,
imperscrutável. Diante disso, a disposição de nossa alma deve ser a prática de
uma abstenção total de crenças ou opiniões, implicando na impossibilidade de
decidir acerca da verdade. Desta disposição, resulta necessariamente uma
prática calcada no silêncio e quietude, cujo exercício deve levar à aquisição
da ataraxía (ver céticos), a impassibilidade que representa, para esta
compreensão, a única modalidade autêntica de felicidade. Assim, pode-se afirmar
que, na filosofia de Pirro, sua teoria do conhecimento não pode ser separada de
uma ética. A ação consuma-se como permanente exercício de silêncio e meditação,
sendo o discurso empregado somente como único recurso. É atribuída a este
filósofo a afirmação: através dos atos é que se torna preciso, de início,
combater as coisas.
12.
NÃO-TEÍSMO
O não teísmo abrange vários conceitos
relativos à espiritualidade e religião
que não incluem a ideia de uma deidade — um Deus
ou vários deuses. Defende a inexistência de um deus Criador, embora
acredite em uma ou mais deidades. Pode-se aplicar ao ateísmo
(tanto forte como fraco), agnosticismo
e ignosticismo,
bem como a certas religiões orientais
incluindo o confucionismo, taoismo, jainismo e budismo. Tem também semelhanças com o existencialismo cristão.
“A diferença entre
teísmo e não-teísmo, não é sobre acreditar ou não acreditar em deus. É uma
questão que se aplica a todo mundo, incluindo budistas e não-budistas. Teísmo é
uma convicção, profundamente enraizada, de que existe uma mão pra segurarmos.
Se nós fizermos as coisas certas, alguém vai nos apreciar e cuidar. Isso
significa pensar que sempre vai haver uma babá disponível quando
precisarmos. Todos nós somos inclinados a abdicar de nossas responsabilidades e
dedicar nossa autoridade a algo fora de nós mesmos.” (Pema Chodron, monja do
budismo tibetano)
“Não-teísmo é relaxar dentro da ambigüidade e incerteza do
momento presente, sem tentar alcançar nada que possa nos proteger. Às vezes
pensamos que Dharma
é algo fora de nós. Algo para se acreditar, algo para se medir. No entanto,
Dharma não é uma crença, não é um dogma. É uma total apreciação da
impermanência e da mudança. Os ensinamentos se desintegram quando tentamos
agarrá-los. Temos que experimentá-los sem esperança. Muitas pessoas corajosas e
compassivas os experimentaram e os ensinaram. A mensagem é: “Sem medo”. Dharma
nunca significou uma crença que nós seguimos cegamente. Dharma não nos dá nada,
mesmo, pra segurar.”, diz Pema.
“Não-teísmo é finalmente perceber que não há uma babá com
que você possa contar. Você acaba de conseguir uma boa e logo ela (ou ele) se
foi. Não-teísmo é perceber que não apenas babás vêm e vão, mas toda a vida é
assim. Essa é a verdade, e a verdade é inconveniente. Para aqueles que querem
algo pra segurar, a vida é ainda mais inconveniente. Desse ponto de vista,
teísmo é um vício. Somos todos viciados em esperança.
Esperança de que a dúvida e o mistério irão desaparecer. Esse vício tem um
efeito doloroso na sociedade. Uma sociedade baseada em montes de pessoas
viciadas em conseguir terra firme pra pisar não é um lugar muito compassivo.”,
continua a monja.
13. REFERÊNCIAS
1. ↑ Carroll,
Robert (22/02/2009). agnosticism.
The Skeptic's Dictionary. skepdic.com. Página visitada em 02/02/2011.
2. ↑ Hepburn,
Ronald W. (2005). "Agnosticism". The Encyclopedia of Philosophy
(2nd) Vol. 1. Ed. Donald M. Borchert. MacMillan Reference USA (Gale). ISBN 0028657802 “No
uso mais geral do termo, o agnosticismo é a visão de que nós não sabemos se
existe um Deus ou não.” (página 56 na edição de 1967)
3. ↑ a
b
Rowe, William L. (1998).
"Agnosticism".
Routledge
Encyclopedia of Philosophy. Ed. Edward Craig. Taylor &
Francis. ISBN 9780415073103 “No
sentido popular, um agnóstico é alguém que não acredita nem descrê em Deus, ao
passo que um ateu não acredita em Deus. No sentido estrito, no entanto, o
agnosticismo é a visão de que a razão humana é incapaz de prover fundamentos
racionais suficientes para justificar tanto a crença de que Deus existe ou a
crença de que Deus não existe. Na medida em que uma defende que nossas crenças
são racionais se forem suficientemente apoiada pela razão humana, a pessoa que aceita
a posição filosófica de agnosticismo irá realizar que nem a crença de que Deus
existe nem a crença de que Deus não existe é racional.”
4. ↑ Dixon, Thomas. Science and Religion: A Very
Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2008. p. 63. ISBN
978-0-19-929551-7
5. ↑ The Internet Encyclopedia of
Philosophy - Protagoras (c. 490 - c. 420 BCE). Página visitada
em 06/10/2008.
6. ↑ Patri,
Umesh and Prativa Devi. "Progress of
Atheism in India: A Historical Perspective". Atheist Centre
1940-1990 Golden Jubilee. Vijayawada, Fevereiro de 1990. Acessado em
02/04/2007.
7. ENCICLOPÉDIA DIGITAL. Definições Básicas de Teísmo,
Ateísmo e Não-teísmo. Brasil, 2013. Disponível em http://logoshp.6te.net/ttdefb.htm. Acessado em 26/01/13
às 15hs48min.
8. Chodron, Pema. Não-teísmo destemido. PORTAL LIVRE
DE SI. Disponível em http://www.livredesi.com/nao-teismo-destemido-pema-chodron-1/,
acessado em 26/01/13 às17hs03min.
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