quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A ESPIRITUALIDADE NO CENÁRIO CONTEMPORÂNEO


BLOG ESPIRITUALIDADE E RELIGIOSIDADE. AUTOR: ÁLAZE GABRIEL GIFTED.


ESPIRITUALIDADE – DEFINIÇÃO E RELEVÂNCIA



Vocês sabem definir o que significa espiritualidade? É notório que uma gama de pessoas já ouviu falar desta palavra e sabem o significado. Algumas a define por experiência própria, outras com suas próprias palavras e a maioria através do estudo sistematizado da religião. Antes de entrarmos no assunto propriamente dito, vamos explicitar o que seja espiritualismo. O Espiritualismo é usado em sentido oposto ao de materialismo; crença na existência do espiritual e do imaterial. O espiritualismo é à base de todas as religiões, em que se crê na existência de algo além do corpo/alma, ou seja, o espírito (vide postagem sobre distinções evidentes entre os termos "alma" e "espírito" segundo a Bíblia). Acoplando definições vamos agora ao espiritualista. Quem quer que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria, é espiritualista. É espiritualista aquele que acredita que em nós nem tudo é matéria, o que de modo algum implica a crença nas manifestações dos Espíritos, base doutrinária do Espiritismo. Nem todo religioso é necessariamente espiritualista, como nem todo espiritualista é necessariamente religioso; já o materialista não é uma coisa nem outra.
Espiritualista é aquele - ou aquela pessoa - cuja doutrina é oposta ao materialismo. Todas as religiões são necessariamente fundadas sobre o espiritualismo. Já a palavra espiritualizar é mudar o campo de interesse, vivendo no mundo sem a ele prender-se. Lemos em determinada oportunidade a seguinte frase: “Espiritualidade Restauradora” - ficamos curiosos - para decifrar o porquê da frase. “Estudos tentam compreender o impacto da fé em vítimas de traumas psicológicos e a relação entre espiritualidade e saúde mental. Afinal, práticas religiosas e espirituais são capazes de diminuir os sintomas pós-traumáticos? Tentamos reunir opiniões de diversos religiosos a respeito da espiritualidade.
Espiritualidade vem de espírito. Para entendermos o que seja espírito precisamos desenvolver uma concepção de ser humano que seja mais fecunda do que aquela convencional, transmitida pela cultura dominante. Esta afirma que o ser humano é composto de corpo e alma, atribuindo ao corpo a nossa parte material e à alma a nossa parte espiritual. Entretanto, à luz das Escrituras Sagradas do Cristianismo, a Bíblia Sagrada, o corpo e alma aludem-se à matéria, enquanto a parte espiritual é denominada espírito (Gen 2:7; Ec 12:7; Ez 18:4,20). O corpo/alma pode ser comparado ao computador, que para funcionar produzindo sons, imagens, animações e outros funcionalidades, necessita da energia elétrica, sendo essa analogamente o espírito, isto é, a centelha de vida sem a qual nossa matéria corpórea é incapaz de produzir movimentos, pensamentos, ações em geral. Sobre as evidentes distinções entre corpo/alma e espírito, vide o tópico específico com esse tema dentre minhas postagens.
A espiritualidade é uma dimensão da pessoa humana que traduz, segundo diversas religiões e confissões religiosas, o modo de viver característico de um crente que busca alcançar a plenitude da sua relação com o transcendental. Cada uma das referidas religiões comporta uma dimensão específica a esta descrição geral, mas, em todos os casos, se pode dizer que a espiritualidade "traduz uma dimensão do homem, enquanto é visto como ser natural e concomitantemente material e espiritual (i.e., formado por espírito), que constitui, de modo temático ou implícito, a sua mais profunda essência e aspiração".
“Espiritualidade concerne ao todo ou à parte? Espiritualidade, nesta segmentarização, significa cultivar um lado do ser humano: seu espírito, pela meditação, pela interiorização, pelo encontro consigo mesmo e com Deus. Esta diligência implica certo distanciamento da dimensão da matéria ou do corpo, ou seja, um distanciamento do materialismo (João 4:24; Gal 5:22-25; II Timóteo 6:7-10; Mat 6:25-33). Mesmo assim espiritualidade constitui uma tarefa, seguramente importante, mas ao lado de outras mais.
Temos a ver com uma parte e não com o todo. Como vivemos numa sociedade altamente acelerada em seus processos histórico-sociais, o cultivo da espiritualidade, nesse sentido, nos obriga a buscar lugares onde encontramos condições de silêncio, calma e paz, adequados para a interiorização. Esta compreensão não é errônea. Ela contém muita verdade. Mas é reducionista. Não explora as riquezas presentes no ser humano quando entendido de forma mais globalizante. Então aparece a espiritualidade como modo de ser da pessoa e não apenas como momento de sua vida. Daí, no termo, predominar o sentimento de irrealização e, consequentemente, o vazio existencial. O ser humano precisa sempre cuidar e orientar seu desejo para que ao passar pelos vários objetos de sua realização – é irrenunciável que passe - não perca a memória bem aventurada do único grande objeto que o faz descansar, o Ser, o Absoluto, a Realidade frontal, a quem denominamos Deus.
O Deus que aqui emerge não é simplesmente o Deus das religiões, mas o Deus da caminhada pessoal, aquela instância de valor supremo, o Autárquico e Altipotente Criador. Como recebemos o nosso espírito de Deus por ocasião de nossa concepção (Gênesis 2:7; Eclesiastes 12:7), podemos concluir inequivocamente que a espiritualidade humana equivale, na verdade, ao nosso âmago, ao nosso intrínseco, à nossa índole, ao nosso caráter, o qual desenvolvemos ao longo de nosso jornada terrestre, a partir de uma predisposição mental geneticamente herdada de nossos ascendentes. Nosso psicológico, isto é, a fusão de nosso intelectual com o nosso emocional, advém hereditariamente, embora também sejam desenvolvidos no decorrer da vida. A psiquê, ou mente humana, influencia em muito o desenvolvimento de nossa espiritualidade. Embora não haja quem já nasça humilde, ou justo, ou misericordioso, nosso temperamento emocional e nosso quoeficiente intectual iniciais são os principais fatores influentes no desenvolvimento do nosso caráter, ou espiritualidade.
Espiritualidade não consiste em saber disso, mas em vivenciar e fazer disso tudo conteúdo de experiência. Bem dizia Blaise Pascal: “crer em Deus não é pensar em Deus, mas sentir Deus”. A partir da experiência tudo se transfigura. Tudo vem carregado de veneração e de sacralidade. A singularidade do ser humano consiste em experimentar a sua própria profundidade. Auscultando a si mesmo percebe que emergem de seus profundos apelos de compaixão, de amorização e de identificação com os outros e com o Nosso Grandioso Pai Celestial.
Dá-se conta de uma Presença que sempre o acompanha, de um Centro ao redor do qual se organiza a vida interior e a partir do qual se elaboram os grandes sonhos e as significações últimas da vida. Trata-se de uma energia originária, com o mesmo direito de cidadania que outras energias como a sexual, a emocional e a intelectual. Pertence ao processo de individuação acolher esta energia, criar espaço para esse Centro e auscultar estes apelos, integrando-os no projeto de vida. É a espiritualidade no seu sentido antropológico de base. Para ter e alimentar espiritualidade a pessoa não precisa professar um credo ou aderir a uma instituição religiosa. A espiritualidade não é monopólio de alguém, mas se encontra em cada pessoa e em todas as fases da vida.
Essa profundidade em nós representa a condição humana espiritual, aquilo que designamos espiritualidade. Mesmo dentro das tarefas diárias da casa, trabalhando na fábrica, andando de carro, conversando com os amigos, vivendo a intimidade com a pessoa amada, a pessoa que criou espaço para a profundidade e para o espiritual está centrado, sereno e pervadido de paz. Irradia vitalidade e entusiasmo, porque carrega energia vitalizadora divina dentro de si (Sal 36:9). Esse Deus é amor (I João 4:8,16) que no dizer do poeta Dante move o céu, todas as estrelas e o nosso próprio coração (II Cor 13:1-8a). Esta espiritualidade tão esquecida e tão necessária é condição para uma vida integrada e singelamente feliz. Ela exorciza o complexo mais difícil de ser integrado: o envelhecimento e a morte. Para a pessoa espiritual o envelhecer e o morrer pertencem à vida, não matam-na, mas transfiguram-na, permitindo um patamar novo para ela.
Assim como ao nascer, nós mesmos não tivemos que nos preocupar, pois, a natureza agiu sabiamente e o cuidado humano zelou para que esse curso natural acontecesse, assim analogamente com a morte: passamos para outro estado de consciência sem nos darmos conta dessa passagem (Ec 9:5,6,10). Quando acordamos nos encontraremos nos braços aconchegantes do Pai e Mãe de infinita bondade, que desde sempre nos esperavam (Jo 5:28,29; At 24:15). Cairemos em seus braços. E então nos perdemos para dentro do amor e da fonte de vida.“Os mosaicos de variáveis constituintes da natureza humana não completamente conhecido pela ciência promovem uma ampla gama de respostas cognitivas e comportamentais entre as vítimas de traumas psicológicos”.
O certo é que psiquiatras e psicólogos clínicos - embora existam exceções - só aceitam aquilo que foi estudado e comprovado pela ciência. Será que a ciência teria condições em afirmar e comprovar pelos estudos a existência de Deus? Pesquisadores mostraram uma forte relação entre trauma psicológico e o desenvolvimento de Transtornos de Estress Pós-Traumático (TEPT). Transtornos depressivos, transtorno de personalidade, transtornos somatoforme, fobias específicas, automutilação, suicídio, comportamento de alto risco e abuso de substâncias como drogas e álcool.
As nomenclaturas em sua maioria aqui enunciadas são síndrome da matéria e outras sofrem influência dos espíritos obsessores. Obsessão deriva do latim 'obsessione' que apresenta os sintomas de impertinência, perseguição, vexação. Já na psiquiatria a sinonímia quer dizer pensamento, ou impulso, persistente ou recorrente, indesejado e aflitivo, e que vem à mente involuntariamente, a despeito de tentativa de ignorá-lo ou de suprimi-lo; idéia fixa, mania.
Claro que sendo humano o trauma vai nos trazer sofrimento e subjetividade, visto que esta subjetividade é relativa a sujeito, existente no sujeito individual, pessoal; particular, passado unicamente no espírito de uma pessoa, diz-se do que é válido para um só sujeito e que só a ele pertence, pois integra o domínio das atividades psíquicas, sentimentais, emocionais, volitivas, deste sujeito, na filosofia provém de um sujeito enquanto agente individual, ou coletivo. Sendo o homem um ser espiritual e imperfeito o trauma vai mexer com suas emoções que devem ser enfrentadas com esperança e resiliência (Propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora duma deformação elástica. Resistência ao choque. Capacidade de resistir à dor e ao sofrimento).
Outras definições de espiritualidade:


“Espiritualidade é reconhecer nossa própria sabedoria interior, reconhecer o oráculo que existe dentro de nós. Se escutarmos a essa sábia voz interior, poderemos aprender como dar sentido às coisas e entender o que está acontecendo ao nosso redor."

Quando vamos para dentro, a mente começa a se acalmar e assentar. A vida se torna mais ordenada e nos sentimos mais contentes. Começamos a sentir que agora podemos ir em frente nessa jornada que irá nos preencher.


Jim Ryan afirma: “Quanto maior for a sua transformação, mais leve e luminoso será o brilho da sua espiritualidade. Ser espiritual é tornar-se preenchido com todas as virtudes e poderes e utilizá-los na hora certa."

"Espiritualidade é uma carateristica inata na Humanidade, direcionada na busca de Deus e da Sua vontade. Maneira de ser e de viver que resullta de uma fé religiosa, devidamente assimilada e transformada em sua vida. Pode-se falar de espiritualidade de um crente ou de uma comunidade de crentes."

A "pessoa espíritual" é aquela que se deixa guiar pelo Espírito Santo de Deus e que manifesta satisfatóriamente os fruto composto do espírito, o amor, cujos elementos são descritos em Gálatas 5:22, 23. É alguém com faculdades mentais treinadas para destingir o certo do errado, diligente em fazer a obra de Deus e têm uma vida pessoal e familiar exemplar (Mat 7:24-27; Lu 6:46-49). Um crente com uma boa espiritualidade, seja masculino ou feminino, é qualificado como "cristão maduro" (Fil 3:12-21; Ef 4:13).

Fontes:




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